A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) enfatizou nesta terça-feira, 19, em nota, a isenção política da entidade na campanha eleitoral deste ano, independente ´de eventuais mudanças no quadro eleitoral´. O comunicado é feito quando o PSB prepara o anúncio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva como candidata à Presidência da República, na vaga aberta por Eduardo Campos, morto na última quarta-feira, 13. O anúncio deve ser feito nesta quarta, 20.
Marina travou, principalmente quando era ministra, duros embates com o agronegócio, representado pela CNA, especialmente na lei de biossegurança que regularizou o cultivo de alimentos transgênicos no País. No documento desta terça, a entidade não cita o nome da ex-ministra e relata que as posições da CNA estão expressas no documento ´O que esperamos do próximo presidente´, entregue aos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas durante sabatina no dia 6 de agosto. Participaram do encontro, além de Campos, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
´Eventuais mudanças no quadro eleitoral em nada alteram as posições e demandas expressas no documento. Este encontro foi considerado plenamente satisfatório, por ter mostrado uma grande convergência de opiniões sobre a importância do agronegócio para o Brasil´, informa. ´Em princípio, todos os candidatos merecem consideração e o que o setor deseja é que todos assumam os compromissos necessários para que o agro continue se desenvolvendo e avançando´, completa a CNA.
A confederação pondera, no entanto, que ´se, em algum momento, algum candidato exprimir pontos de vista ou prometer ações prejudiciais aos produtores rurais e ao desenvolvimento do agronegócio´ irá alertar os associados, federações, sindicatos e produtores brasileiros. ´O que desejamos é manter com todos os presidenciáveis, e com o eventual vencedor das eleições, um clima de diálogo e de entendimento, para o bem do País´.
A CNA informou, ainda, que acompanhará a campanha, pronunciamentos e compromissos dos candidatos e ´irá interpretá-los segundo a visão do agronegócio´. O setor, conforme a entidade, representa 44,4% das exportações, cerca de 23% do Produto Interno Bruto e um terço dos empregos formais do País.
Fonte: Agência Estado
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