A colheita dos Estados Unidos, em fase de desenvolvimento, foi estimada em recorde de 103,4 milhões de toneladas.
O crescimento do mercado de defensivos deverá ficar no piso das estimativas iniciais, de 6 a 9 por cento, atingindo pouco mais de 12 bilhões de dólares em 2014, pela queda nos preços da soja e menos investimentos do que o previsto na cultura, disse nesta sexta-feira um representante do sindicato da indústria (Sindiveg).
"A expectativa era de crescimento de 6 a 9 por cento, mas pelo andar da carruagem... pelo preço da soja em Chicago e a perspectiva para a safra norte-americana, já se espera que fique mais em 6 por cento", disse o gerente de informação do Sindiveg, Ivan Sampaio.
A soja, que responde por mais da metade das vendas de defensivos no Brasil, enfrenta um cenário de preços baixos, diante de grandes safras no mundo. Os contratos futuros na bolsa de Chicago (referência internacional) estão pairando perto dos menores níveis em quase quatro anos.
A colheita dos Estados Unidos, em fase de desenvolvimento, foi estimada em recorde de 103,4 milhões de toneladas, contribuindo para pressionar as cotações internacionais da commodity e no mercado interno, o que pode reduzir a capacidade de investimento dos produtores brasileiro.
O cultivo da safra no Brasil tem início em meados do segundo semestre, com o retorno das chuvas. Estimativa da consultoria Safras & Mercado aponta área recorde com soja na atual temporada, para o recorde de 31 milhões de hectares. [nE6N0P606N]
A soja correspondeu a mais da metade das vendas de defensivos no ano passado, com fatia de 51,3 por cento do total, contra 47 por cento no anterior. A cana e o milho responderam por segundo e terceiro no ranking, com fatia de 10 por cento e 9,5 por cento, respectivamente no ano passado.
"Avanço até expressivo (da soja) em apenas um ano, que deve ser mantido neste ano", acrescentou.
IMPORTAÇÕES
Outro indicativo de que a demanda pode ficar mais moderada que o inicialmente esperado é o ritmo de importação.
O acompanhamento do Sindiveg apontou queda de 3 por cento nas importações de produtos técnicos e formulados, para 142,3 mil toneladas.
Houve aumento apenas no segmento dos inseticidas, cujas compras no período aumentaram 17,7 por cento, para 42,92 mil toneladas.
Entre as classes de defensivos, o inseticida é o que tem maior participação nas vendas, justamente pela demanda para pragas que afetam a soja.
Segundo ele, nas lavouras de soja, a grande preocupação hoje é a incidência da lagarta falsa medideira, que voltou ao foco dos produtores, depois de um período concentrado no combate à lagarta helicoverpa.
"A lagarta falsa medideira estava meio esquecida e voltou com mais força... O pessoal deu uma relaxada enquanto se preocupava com a helicoverpa", disse Sampaio.
A helicoverpa, que antes era secundária, atacou com mais força as lavouras brasileiras de soja a partir do segundo semestre de 2012, mas o país não contava com produtos específicos para o combate à praga.
"Agora, já tem produto liberado. O pessoal já se adaptou (para combater) a esta praga", acrescentou.
Fonte: Reuters
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