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As empresas com os maiores prejuízos do setor sucroenergético | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

As empresas com os maiores prejuízos do setor sucroenergético

A crise do setor sucroenergético que vem ceifando usinas e colocando outras à deriva, não deixou que praticamente nenhuma empresa com atuação na área saísse incólume em 2013. A lista que coloca 78 companhias com atuação no setor de açúcar e etanol entre as 2 mil maiores do país em faturamento, conforme o ranking elaborado pela Revista Exame, também revela o agravamento das finanças das usinas como um todo.

Entre as 78 empresas do setor que registraram os maiores faturamentos no ano passado, 41 terminaram o ano no azul e 31 no vermelho (seis não apresentaram dados de lucratividade). Enquanto estas 41 empresas tiveram um lucro líquido ajustado que somado chega a US$ 715 milhões, o grupo das 31 alcançou um prejuízo somado de US$ 1,760 bilhão.

Fonte: Nova Cana (22/07/2014)
A crise do setor fica mais evidente ao observar a evolução dos lucros em relação aos últimos dois anos. Entre estas as empresas com maior faturamento, 37 viram os prejuízos aumentarem ou os lucros diminuírem. Apenas 23 alcançaram um resultado em 2013 melhor que em 2012. As 18 restantes não informaram os ganhos em algum dos últimos dois anos, ou em ambos, e portanto não há dados sobre a variação dos lucros no período.

Crise que cresce - O grupo Biosev, com 12 unidades produtoras, oferece um retrato do quadro pelo qual passam as empresas com atuação na área de açúcar e etanol. Os faturamentos de suas empresas – Biosev (US$ 891 milhões) e Biosev Bioenergia (US$ 875,8 milhões) – figuram entre as empresas com os cinco maiores faturamentos. Se somados os resultados, as vendas de 2013 tiveram um crescimento de 26,6% ante o resultado de 2012.

Apesar de ser uma das campeãs em faturamento, o grupo também acumula outro título, este nada positivo: o maior prejuízo do setor em 2013, com uma perda de US$ 277 milhões. Agregando a perda da Biosev Bioenergia (US$ 54,9 milhões), o prejuízo da companhia chega a US$ 331,9 milhões.

O segundo maior prejuízo ficou com a Agroindustrial Santa Juliana, localizada em MG, uma das oito usinas pertencente à poderosa Bunge, com perdas de US$ 259,2 milhões. A Santa Juliana também mantém a atividade de exploração agrícola.

Outra usina da Bunge, a Pedro Afonso Açúcar e Bioenergia (TO), registrou um prejuízo de US$ 136,2 milhões, o que a coloca em quinto lugar entre as maiores que mais perderam com a operação no setor. A Bunge, com atuação global em agronegócio e alimentos, registrou US$ 11,5 bilhões em vendas e lucro de US$ 73,6 milhões em 2013.

A relação elaborada pela Exame revela ainda que o braço de biocombustíveis da Petrobras (PBio) operou no vermelho em US$ 172,3 milhões durante o ano passado, ocupando o terceiro lugar. Com participação em nove usinas no Brasil e uma em Moçambique, além de negócios no biodiesel, o prejuízo foi aumentado em 20% na comparação entre anos. A receita da PBio no ano passado encolheu 12,4%, para US$ 365,7 milhões. Desde que a subsidiária da estatal foi criada, ainda no governo Lula, todos os trimestres registraram prejuízo.

Chama atenção o desempenho de quatro usinas do grupo Odebrecht Agroindustrial, listadas como empresas individuais. As unidades Conquista do Pontal, Brenco (usina Alto Taquari), Agro Energia Santa Luzia (usina Santa Luzia) e Rio Claro alcançaram os melhores crescimentos percentuais em vendas líquidas, respectivamente, de 97% (para US$ 172,5 milhões), 46% (US$ 269,7 milhões), 44,8% (US$ 172,2 milhões) e 41,9% (US$ 134 milhões).

No entanto, assim como a Biosev, a evolução da receita não impediu que as mesmas usinas tivessem prejuízos altíssimos. A Conquista do Pontal, que praticamente dobrou a receita líquida com vendas, teve um défice de US$ 32,9 milhões. A Brenco perdeu US$ 151,5 milhões (o 4º pior resultado do ranking), a Agro Energia Santa Luzia e a Rio Claro ficaram no vermelho em US$ 36 milhões e US$ 85,8 milhões, respectivamente.

Ainda entre os maiores prejuízos, acima de US$ 100 milhões, aparecem a indiana Renuka que possui quatro usinas no Brasil, com perdas de US$ 121,8 milhões, e a usina paulista Umoe que perdeu US$ 106,2 milhões.


Fonte: MBF Agribusiness

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