"O panorama da bioeletricidade no ano de 2013 não divergiu do observado em 2012"
O que poderia funcionar como alternativa para as usinas saírem da crise, o uso do bagaço da cana-de-açúcar como fonte de energia, está estagnado no Brasil.
"O panorama da bioeletricidade no ano de 2013 não divergiu do observado em 2012", informa a "Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis", divulgado neste mês.
No ano passado, apenas 1,9 GW –energia sufiente para abastecer 2 milhões de casas– foi colocado no sistema. O potencial da biomassa da cana é de 6,8 GW, ou seja, 72% do que poderia ser usado é desprezado nas usinas.
"[Em 2020] esse potencial de cogeração pode chegar a 20,88 GW", disse Plinio Nastari, presidente da Datagro.
Para Nastari, a energia do bagaço de cana pode reduzir transtornos em períodos de chuvas, quando a energia produzida pelas hidrelétricas é insuficiente e o governo recorre às termelétricas.
"Estima-se que cada 1 GW de potência instalada em cogeração de resíduos de cana economize até 4% da água nas represas da região Sul e Sudeste", disse Nastari.
Segundo o relatório, a inserção da bioeletricidade no portfólio de atividades das usinas é um fator de grande importância, mas para ganhar competitividade, é preciso que haja mais eficiência das caldeiras.
William Orzari Hernandes, sócio da FG Agro, disse que o governo precisa oferecer condições mais atrativas para que as usinas participem de forma mais competitiva dos leilões de energia.
O diretor da usina São Francisco, de Sertãozinho, Jairo Menesis Balbo, disse que a venda de eletricidade responde por cerca de 5% do faturamento da empresa.
Fonte: Folha de S. Paulo
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