Prefeitos e deputados estaduais e federais de Pernambuco, vinculados à Zona da Mata do Estado, defendem reabertura de usinas alcooleiras
Representantes da classe dos canavieiros, liderados pela Associação dos Fornecedores de cana (AFCP) e Sindicato dos Plantadores de Cana (Sindicape) ampliam o movimento de políticos pernambucanos em prol da reativação de usinas no Estado. As entidades participam às 9h, nesta segunda-feira (9), em Ribeirão, da reunião de prefeitos e deputados estaduais e federais, que compõem o Consórcio Público dos Municípios da Mata Sul Pernambucana (Comsul). O evento será realizado na sede do Consórcio, na cidade de Ribeirão, na BR 101, Km 81- nº 1024.
Três pontos principais integram a pauta da reunião entre canavieiros e políticos da região. “As dificuldades por que passa o setor canavieiro, o desemprego na região em função do fechamento de usinas e a busca por soluções para a questão”, fala o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima. O dirigente não participará do evento, justamente, porque se encontra em Brasília, já para tratar exatamente de outros problemas para a manutenção do setor agroindustrial, na reunião interministerial do Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Segmento Sucroenergético Nordestino, criado no final de 2013, que é coordenado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Frederico Pessoa de Queiroz, que é o vice-presidente da AFCP, e o presidente do Sindicape, Gérson Carneiro Leão, participarão da reunião do Comsul. Eles dizem que o objetivo central do encontro é para tratar da reativação da usina Pumaty, situada em Palmares, fechada em 2012, é que, deste então, vem provocando uma séria desestabilidade socioeconômica na mesorregião. O evento foi convocado pelo presidente do Comsul, José Genivaldo – Geninho (PSB), que é prefeito de Cortês. “O fechamento das usinas canavieiras traz alta taxa de desemprego à Região, queda de arrecadações municipais, no comércio local, aumento da criminalidade e, principalmente, causando à classe dos pequenos produtores rurais e trabalhadores canavieiros grandes transtornos, visto que as unidades industriais estão sem as mínimas condições de moagem”, conta o presidente do Comsul.
“Atualmente, há uma proposta com o governador João Lyra Neto, de retomada do funcionamento da unidade industrial. O atual governo ainda não se decidiu sobre a questão”, diz Lima. O projeto propõe o arrendamento da usina por meio de cooperativa de produtores de cana. O Estado investiria o recurso em favor dos canavieiros, para arrendarem e gerirem a unidade industrial, retomando a produção no local, e, em consequência, todos os benefícios socioeconômicos na área. A AFCP e o Sindicape estimam que o valor necessário para a ação gira em torno de R$ 15 milhões. O projeto já tinha recebido aval do antigo governador Eduardo Campos, em março, antes de deixar o comando do Palácio do Campo das Princesas. O antigo gestor também apoiou o mesmo projeto para reativar a usina Cruangi, na cidade de Timbaúba, na Zona da Mata Norte do Estado, desativada em 2013. Este projeto, que também está estimado no valor de R$ 15 milhões, ainda continua em avaliação por parte da nova equipe do governador.
Fonte: Assessoria de Imprensa da AFCP
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