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As dificuldades de Dilma com o agronegócio Ronaldo Knack | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

As dificuldades de Dilma com o agronegócio Ronaldo Knack

A presidente Dilma Rousseff tem ampliado seu distanciamento com o agronegócio que tem sustentado a balança comercial, gerado emprego e distribuído renda nos rincões deste Brasil varonil. Impressiona como ela demonstra, publicamente e também em sua mal fadada gestão como presidente da República, sua antipatia com o único setor que tem crescido em que pesem as inações e falta de políticas governamentais.
Haja vista que em seu governo trocou nada menos do que três titulares no Ministério da Agricultura (Wagner Rossi, Mendes Ribeiro e Antonio Andrade) que, além de esvaziado, se transformou em moeda de troca político-partidária de pouco, pouquíssimo valor.
Nesta semana, Dilma alardeou anunciou aumento de 1% no percentual de mistura do biodiesel ao diesel. Desde que assumiu a Presidência da República, já foram fechadas 30 usinas de biodiesel e o setor, mesmo com o anúncio de aumento de 5% para 7%, vai continuar operando com ociosidade de mais de 30%.
Os usineiros estão na expectativa de contar com a participação da presidente no evento que a União da Indústria da Cana de Açúcar promove nesta próxima segunda-feira em São Paulo e que já tem as presenças confirmadas dos pré-candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Vale ressaltar que, segundo Elizabeth Farina, presidente da Unica, ao final desta safra nada menos do que 58 usinas estarão desativadas.
No 10º Agrimark, promovido em parceria pelo I-Uma – Instituto de Educação no Agronegócio e BrasilAgro, na última sexta-feira (23) em Porto Alegre e cujo tema foi “O Agronegócio Pós 2014”, ficou claro o distanciamento do setor com a presidente.
Nada menos do que quatro ex-ministros da Agricultura (Roberto Rodrigues, Pratini de Moraes, Francisco Turra e Cirne Lima) – ausente Alysson Paulinelli, que na véspera sofreu um acidente e o ministro Neri Geller, que, convidado não apareceu e na verdade não fez nenhuma falta – apontaram as atuais e futuras dificuldades . Cirne Lima lembrou que enquanto ministro da Agricultura contrariou estudos da Escola Superior de Guerra e da Fundação Getúlio Vargas que apontavam o litoral brasileiro como local ideal para a expansão da agricultura.
Ainda bem que ele não deu ouvidos às sugestões e, além de criar a Embrapa, foi o pioneiro no incentivo da abertura das novas regiões agrícolas do Centro Oeste que hoje se constitui no maior celeiro de produção de alimentos do mundo. Ele também ressaltou que o setor privado tem cumprido com o seu papel no desenvolvimento do agronegócio, ao contrário do setor público.
Francisco Turra chamou a atenção de todos ao afirmar que o País perde competitividade a passos largos e que a burocracia atrasa a abertura de novos mercados. Ele defende que é fundamental que os exportadores de carnes agreguem valor aos seus produtos e citou um dado alarmante: Nos EUA a JBS mantém cerca de 87 mil funcionários e apenas 4 advogados para cuidar de todas as questões jurídicas (trabalhistas, tributárias, societárias...) enquanto que no Brasil, são 90 mil trabalhadores e 200 advogados contratados.
Já o ex-ministro da Indústria e Comércio, Minas e Energia e também da Agricultura, Pratini de Moraes, aposta que o futuro será a integração da agricultura, pecuária e silvicultura. Defendeu também fortes investimentos em marketing ressaltando que os anúncios da Friboi – ele preside o conselho de Administração da JBS – provocaram aumentos de vendas na ordem de 20% em apenas duas semanas.
Roberto Rodrigues mostrou que não há nenhuma ação ou política em andamento para aumentar em 70% a produção de alimentos que serão consumidos a partir de 2050. Ele citou estudos da OCDE que apontam crescimento da oferta mundial de alimentos em 20%, sendo que a UE deve crescer 4%, os EUA 11% e o Brasil 40%.
Ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Deliberativo da União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), Roberto Rodrigues afirmou que falta uma estratégia nacional para o agronegócio e que os instrumentos da política agrícola estão dispersos entre ministérios e outros órgãos públicos. Ele também revelou que está em andamento um trabalho que se constitui no primeiro projeto integrado do agronegócio e que será encaminhado aos candidatos à Presidência da República.
Em tempo: As palestras dos ex-ministros da Agricultura no 10º Agrimark poderão ser assistidas na próxima edição do TV BrasilAgro, que vai ao ar neste domingo pela STZTV (www.stztv.org.br) e a partir da tarde desta próxima segunda-feira na WEB TV do www.brasilagro.com.br. Vale a pena conferir... (Ronaldo Knack é Jornalista e graduado em Administração de Empresas e Direito. É também fundador e presidente do BrasilAgro;ronaldo@brasilagro.com.br).


Fonte: Brsilagro

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