Certamente o maior desafio do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, de tantos outros que terá pela frente na condição de presidente do Conselho Deliberativo da União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), será a integração dos elos que formam a cadeia produtiva canavieira.
Hoje os trabalhadores não conversam com os empresários que sentem dificuldades em dialogar com os usineiros que destratam seus fornecedores. Isto, por si só, explica porque é que as Frentes Parlamentares em defesa do setor não decolaram em que pesem tentativas, pelo menos de uma delas, de viabilizá-las como instrumento de pressão política.
Setor tradicionalmente conservador que atravessa um período de profundas mudanças a partir da desregulamentação imposta pelo governo federal, os produtores de açúcar, etanol e bioeletricidade sentem nas costas – e nos bolsos! – os problemas que criaram não apenas nas relações institucionais com o poder instalado em Brasília mas também junto a seus fornecedores e trabalhadores.
A faxina que está sendo feita na Única há muito era reclamada pelos usineiros tidos como mais modernos e liberais em suas empresas. Já sem paciência, muitos se retiraram da entidade que representa os produtores do Centro Sul e são responsáveis por cerca de 90% da produção nacional de açúcar, etanol e bioeletricidade.
É claro que neste momento, em que os holofotes todos se voltam para as eleições de outubro, o foco político-institucional ganha espaço na mídia. Haja vista o vigoroso pronunciamento feito pelo empresário Rubens Ometto, na semana passada em Nova York onde ele repetiu o que, pela ordem, primeiro denunciou Maurilio Biagi Filho, depois a presidente executiva da Única Elizabeth Farina e agora também o ex-ministro Roberto Rodrigues. Ou seja, o setor sucroenergético está, literalmente, derretendo.
A inação da presidente Dilma Rousseff em relação aos biocombustíveis é um verdadeiro escândalo, dentre tantos em que se meteu a “gerentona” como foi apresentada pelo ex-presidente Lula. Quem conhece sua biografia sabe que pouco se poderia esperar de uma ativista política que antes de chegar à Brasília como ministra das Minas e Energia, exerceu o cargo de secretária de Energia do Rio Grande do Sul e foi “empreendedora”.
O empreendedorismo da hoje presidente, consistiu na abertura de uma lojinha de badulaques e artigos importados – contrabandeados? - do Paraguai e vendidos a R$ 1,99. A loja nas mãos dela acabou fechando por incompetência gerencial. E fica então a pergunta: o que se poderia esperar dela na gestão de um país como o nosso? (Ronaldo Knack é jornalista e graduado em Administração de Empresas e Direito. É também fundador e presidente do BrasilAgro.
Fonte: Brasilagro
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