A Petrobras Biocombustível tem US$ 900 milhões para investimentos em novos projetos para o aumento da produção do combustível entre 2014 e 2018. O valor corresponde a 60% que a companhia pretende investir em novos projetos em etanol, dos R$ 1,5 bilhão reservados pela estatal ao combustível. Outros US$ 600 milhões restantes são reservados para custeio e operação de usinas das quais são sócias. ´Os novos investimentos podem ser unidades de etanol de segunda geração ou da ampliação de produção de etanol de primeira geração. Passa por projetos greenfield (novas usinas), brownfield (ampliação das existentes), mas são projetos em estágio inicial e precisam comprovar a viabilidade econômica ainda´, disse o diretor de etanol da Petrobras Biocombustível, Milas Evangelista de Sousa. ´Nesse cenário de preços é difícil aprovar investimento novo´, completou.
Sousa admitiu que a possibilidade enxergada pela companhia para o etanol é ´agregar produtos e talvez o que possa mais contribuir para isso seja o etanol de segunda geração´, apesar dos projetos ainda serem incipientes. ´Vamos aguardar dois anos, avaliar as várias experiências no Brasil e exterior para dar mais segurança nisso. Projetos de etanolde segunda geração são ainda um estágio final de processo de desenvolvimento tecnológico´, afirmou.
O diretor da Petrobras disse ainda que novos investimentos em etanol serão definidos com sócios e em outras condições de mercado, as quais incluem o alinhamento de preços da gasolina entre o mercado internacional e nacional. Esse alinhamento traria uma alta no preço da gasolina e, consequentemente, poderia ampliar a competitividade do etanol. ´Petrobras trabalha com a perspectiva de alinhamento de preços no mercado doméstico e mercado internacional. Isso propicia espaço para majorar preço do etanol´, disse. A Petrobras Biocombustível é sócia da usina Bambuí, na cidade homônima mineira, da Tereos Internacional nas sete unidades da Guarani e ainda do Grupo São Martinho, na Nova Fronteira, em Quirinópolis (GO).
Sousa, admitiu há pouco que a crise do setor sucroenergético traz impactos maiores para as companhias menores. ´As empresas com bolso maior e sócios com capacidade de segurar a onda estão segurando´, disse. ´Os grandes grupos reduzem os custos e aumentam a produtividade para se protegeram´, completou.
Sousa afirmou que a crise ocorreu por conta de um potencial de exportação que não se confirmou, pela alta alavancagem das companhias sem o aumento no mercado. Segundo ele, a Petrobras Biocombustível que nasceu em 2008 com intenção, além de ter um sócio local, de buscar um sócio externo, precisou mudar seu foco. ´Sem o desenvolvimento do mercado externo, passamos a focar o mercado interno´, completou Sousa, que faz palestra na tarde desta quinta-feira (22) na sede regional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em Ribeirão Preto (SP).
Fonte: Agência Estado
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