O diretor de etanol da Petrobras Biocombustível, Milas Evangelista de Sousa, afirmou na tarde desta quinta-feira, 22, que a capacidade instalada de processamento de cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, de 693 milhões de toneladas por safra, pode ser atingida em até duas safras, em um cenário sem investimentos previstos para a ampliação da produção com novas usinas.
Na safra 2014/2015, mesmo com a forte estiagem em algumas regiões produtoras do Centro-Sul, a moagem deve ficar entre 570 milhões e 597 milhões de toneladas, segundo estimativas do setor. 'Claramente não tem espaço para crescer, vamos caminhar para a redução gradativa da capacidade ociosa e chegar a capacidade instalada pode ser atingida em uma ou duas safras. A partir daí, serão necessários novos investimentos', disse Sousa.
'Podemos pensar em greenfields (novos projetos), mas podemos pensar no etanol de segunda geração, que pode trazer nova oportunidade de crescimento', completou o diretor, em palestra na sede regional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em Ribeirão Preto (SP).
Sousa admitiu que 'há certo ceticismo' no etanol de segunda geração, o chamado etanol 2G, feito a partir da palha e bagaço de cana, mas que os projetos em desenvolvimento apontam para um potencial é de 40% de agregação de volume de etanol à atual produção. 'Você aumenta o volume sem aumentar área plantada', disse.
O executivo avaliou que, diante da necessidade de importação de gasolina, 'novos volumes de etanol são tudo que o Brasil precisa' e seria 'bom para a Petrobras, que deixaria de importar gasolina'. Sousa afirmou, ainda, que 'só a alta do preço do etanol não resolve' o problema de competitividade do combustível; é preciso o aumento da produtividade, tanto agrícola, quanto na indústria.
Fonte: Agência Estado
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