Resultado do estudo visa melhorar a produção de açúcar e do álcool. Plantas são mais resistentes à seca e facilitam a colheita mecanizada.
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) apresentaram no campus em Araras (SP) quatro novas variedades de cana, que devem estar nas lavouras a partir do próximo ano. O resultado da pesquisa visa melhorar a produção de açúcar e álcool. As plantas são mais resistentes à seca e também possuem características que facilitam a colheita mecanizada.
Gerente de desenvolvimento de uma usina, Renato da Rosa testou as novas plantas durante a fase de estudos e disse que uma delas chamou mais a atenção. “Para a produção de açúcar por hectare nos períodos que nós mais precisamos, abril e maio, ela supera o padrão existente hoje nos canaviais”, relatou.
O senso baseado em dados fornecidos pelas usinas indica que 60% da cana plantada no país são variedades desenvolvidas pelas redes de pesquisa da qual a UFSCar faz parte. “São totalmente resistentes às doenças. Nós temos três variedades médias tardias e uma variedade bastante precoce da mais recente cultivada”, disse Hermann Hoffmann, coordenador do programa.
O segredo de um canavial produtivo está nos estudos e na observação dos pesquisadores. Mesclando pólen de plantas diferentes se chega a novas variedades. Mas é preciso pelo menos uma década de dedicação. "Cada material é testado em situações de ambientes e climas muito variáveis. Então ela sofre um processo de seleção no decorrer dos anos”, explicou o técnico em agropecuária da UFSCar Plínio Zavaglia.
Genética
A inauguração na sexta-feira (28) de um centro de pesquisa para o Programa de Melhoramento Genético e o Laboratório de Biotecnologia em Plantas da instituição representa um avanço para o setor sucroalcoleiro. O centro recebeu certificado da Comissão Nacional de Biossegurança, o que significa que a partir de agora poderão ser feitos estudos para desenvolver canas transgênicas.
“Tem variedades que são excelentes, com alto potencial produtivo, mas não são tão ricas, não tem tanto açúcar. Isso é um defeito que pode ser corrigido por meio de um processo de transgenia em que só haverá a modificação na elevação no teor de açúcar”, explicou a professora Monalisa Carneiro.
Cada melhoria na produtividade deve ter impacto não só no campo, mas também na qualidade durante o processo de fabricação do açúcar e álcool, ressaltou Hoffmann. As variedades transgênicas ainda passarão por desenvolvimento e testes de segurança antes de chegar às plantações.
Fonte: Portal G1
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3