De acordo com Magda Chambriard, diretora-geral da ANP, demanda por derivados de petróleo deve crescer 4%
O déficit na balança de combustíveis do Brasil tende a aumentar em 2014 na comparação com o ano passado, afirmou nesta segunda-feira, 17, a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
A expansão do rombo comercial (diferença negativa entre exportação e importação) deve ser de 25% no caso da gasolina e de 20% para o diesel.
Magda falou a jornalistas após participação no Seminário Internacional de Biocombustíveis, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), em São Paulo. Ela considerou no cenário projetado um aumento de aproximadamente 4% na demanda de derivados do petróleo, enquanto o parque de refinarias brasileiro será mantido.
A executiva também aposta na similaridade de preços com os observados no último ano. No entanto, não soube especificar qual o câmbio utilizado para o cálculo.
Nos cálculos da agência, o déficit da balança de gasolina deve ficar em US$ 2,5 bilhões ao final deste ano, superior ao saldo negativo de cerca de US$ 2 bilhões registrados em 2013. Para a balança de diesel, a estimativa é de elevação do déficit para US$ 9 bilhões em 2014, ante cerca de US$ 7,5 bilhões no ano passado.
"O déficit persiste porque o País está crescendo e o mercado de derivados cresce mais do que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, muito mais", afirmou.
Em 2013, quando o PIB do País teve alta de 2,3%, a demanda por derivados do petróleo se expandiu exatamente o dobro, 4,6%.
Mistura de etanol. No mesmo seminário, o diretor de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Dornelles, explicou que o aumento do porcentual da mistura do etanol anidro na gasolina, dos atuais 25% para 27,5%, depende de questões técnicas.
Segundo Dornelles, a posição da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foi enfaticamente contrária ao aumento, alegando que seria impossível elevar a adição de etanol a 27,5% sem comprometer o desempenho dos veículos. "Enquanto não tiver uma mudança sobre essa questão técnica não temos como propor um aumento na mistura", disse a jornalistas.
O aumento da mistura de biodiesel no diesel, de 5% para 7%, também foi contestado pela indústria automotiva, mas o processo para sua aplicação estaria mais avançado que o do etanol. "A indústria também é contrária ao B7 (diesel com a adição de 7% de biodiesel), mas não de forma tão enfática como no caso do etanol", afirmou Dornelles. Segundo ele, no caso do biodiesel, o setor automotivo propôs um ano de testes para a aplicação da medida.
Perguntado, Dornelles reiterou, que para o etanol, no entanto, não há previsão mais precisa do possível aumento do porcentual de mistura.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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