Há pelo menos um consenso sobre a nova safra da cana no Estado de São Paulo: os proprietários das lavouras devem mecanizar 100% da colheita (em áreas mecanizáveis) até o final do ano.
A medida faz parte de um protocolo ambiental assinado pelo setor com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em 2007, para eliminar a queima de cana. Além disso, o protocolo prevê ações ambientais às usinas.
Isso incluiu a recuperação de matas ciliares, reuso da água, proteção das nascentes de rios e a restrição ao uso de agrotóxicos. Para as áreas não mecanizáveis, o prazo para o fim da queima é 2017.
Segundo levantamento da Unica, o Estado de São Paulo tem 88,8% do total das lavouras de cana-de-açúcar já mecanizadas. Para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, esse número é menor, de 72,6% das lavouras.
Em algumas regiões do Estado, esse índice já ultrapassa os 80%. O setor investiu na compra de máquinas nos últimos cinco anos, ao mesmo tempo em que a indústria de colhedoras evoluiu na tecnologia da ferramenta.
"O protocolo está sendo cumprindo acima da média, podemos dizer que São Paulo vai cumprir sim", disse Dib Nunes Jr., presidente do Grupo Idea. "A evolução tem sido intensa e dentro das previsões", afirmou Antônio Padua, diretor da Unica.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, disse que, por enquanto, não há previsão de que os prazos do protocolo sejam prorrogados. "O princípio básico é a transparência entre as partes e o signatário", diz.
Desde 2007, deixaram de ser queimados mais de 5,5 milhões de hectares de cana e de ser emitidos cerca de 20,6 milhões de toneladas de poluentes, segundo o Estado.
Fonte: Folha de São Paulo
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