Comerciantes de açúcar estão divididos sobre as perspectivas dos preços e esperam um superávit esse ano. Treze dos 28 comerciantes pesquisados na conferência anual de açúcar, em Dubai, que começou no dia oito de fevereiro, disseram que estavam otimistas sobre o açúcar bruto este ano. Futuros negociados em New York, caíram nos últimos três anos, a mais longa série de derrotas em mais de duas décadas. Um quarto ano de queda nos preços seria o maior período, desde 1965. As informações estão nesta quarta-feira (12/2), no portal americano especializado em economia, Bloomberg.
A reportagem do site diz que o clima seco no Brasil deve reduzir a produção na principal região produtora do país, em pelo menos 5%, de acordo com a Ecom Agroindustrial Corp, com sede na Suiça, mas que tem escritório no país sul-americano. A produção mundial será de 2,1 milhões de toneladas, maior do que o consumo na temporada de 2014/2015, que começa em outubro, um quinto ano de excedentes, diz Kingsman, uma unidade da McGraw Hill Financial Inc. ´s Platts. "Este será um ano de transição, em que o mundo ainda vai digerir a questão dos estoques elevados, com baixos preços locais. Vamos ver uma reviravolta quando os preços domésticos começam a se recuperar", contou Paulo Roberto de Souza, diretor executivo da empresa Copersucar SA, sediada em São Paulo, em uma entrevista realizada ontem, em Dubai.
A matéria diz ainda que os estoques mundiais de açúcar vão subir para um recorde de 43,4 milhões de toneladas na campanha de 2013/2014, de acordo com as estimativas do departamento de Agricultura dos EUA, em novembro. Estoques indianos subirão para 9,8 milhões de toneladas a partir de 30 de setembro, de 9,3 milhões de toneladas registrado em 01 de outubro de 2013, de acordo com a Indian Sugar Mills Association de Nova Délhi. Na China, as reservas eram 6,5 milhões de toneladas no final de 2013, segundo Liu Hande, CEO de Guangdong Zhongqing Grupo Açúcar e vice-diretor-geral da China Sugar Association. "Se você assumir que o mundo está muito abastecido, porque os estoques são relativamente pesados, ainda após os últimos anos de superávits e preços relativamente baixos, eu acho que, a média será de 40%, então levanta a suspeita de que ganhou o suficiente para resolver o excedente, adicionando demanda", disse Carello de Olam. "Por isso, precisa destruir a oferta e a maneira mais fácil de destruir a oferta. Seria para produzir etanol no Brasil", disse ele.
Moleiros brasileiros provavelmente vão manter direcionando mais cana para a fabricação de etanol no ano que vem, especialmente se o governo aumentar a quota de mandato do biocombustível na gasolina para 27,5%, de 25% atuais, de acordo com Luis Roberto Pogetti, presidente da Copersucar SA. Processadores no centro sul, alcançaram 54,7% de toda a cana colhida de 1 de abril a 15 de janeiro, quando a maioria das usinas tinham fechado a temporada, para fazer o biocombustível, segundo mostraram os dados. Isso é acima de 50,4% do ano anterior. O fenômeno climático El Nino, que poderia trazer chuvas para o Brasil no início da temporada, também poderia acrescentar aos atrasos na colheita e reduzir o tempo disponível para processamento, de acordo com a Copersucar.
Fonte: Jornal do Brasil
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