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Uso das térmicas vai custar mais de R$ 20 bilhões em 2014 | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Uso das térmicas vai custar mais de R$ 20 bilhões em 2014

Em 2013, o governo gastou 18 milhões de reais com o acionamento das termelétricas. Por causa delas, o Brasil não teve apagão no ano passado. Em 2014, esse valor deve passar dos 20 bilhões de reais.

NO LUGAR CERTO
Para desembaraçar um dos grandes nos olímpicos, a geração de energia durante os Jogos, Dilma tirou do Ministério do Esporte a atribuição de construir uma subestação elétrica no Rio de Janeiro.
Transferiu a tarefa ao Ministério de Minas e Energia.

Impressiona é que a missão não fosse desde sempre das Minas e Energia (Lauro Jardim, Revista Veja, edição nº 2360)

Operação da Petrobras sinaliza uso mais intenso das térmicas
Uma forte sinalização de que as usinas térmicas vão continuar sendo acionadas pesadamente em 2014 foi dada, sem alarde, nos últimos dias. Na sexta-feira passada, a Petrobras fez um aditivo contratual com duração de 12 meses para o fornecimento de óleo diesel e óleo combustível às empresas que operam as termelétricas. A postura da estatal causou estranhamento no setor, já que a empresa sempre preferiu compromissos de duração menor, com renovações de um a três meses.
"O fato de a Petrobras ter adotado um prazo de 12 meses, na minha avaliação, é um indicativo de que há a intenção de despacho intensivo das usinas nesse período", diz o presidente da Associação Brasileira de Geração Flexível, Marco Antônio Veloso.

Normalmente, as térmicas detêm estoques no próprio local de geração para dar conta, por três a cinco dias, da ordem de acionamento das usinas. À medida que se mantêm ligadas, vão pedindo mais fornecimento para a Petrobras. Uma usina com capacidade para gerar 120 megawatts (MW) precisa de aproximadamente 600 toneladas de óleo por dia.

De acordo com Veloso, as térmicas gostariam de ter contratos plurianuais (de longa duração) com a Petrobras, mas a estatal sempre teve preferência por aditivos curtos. O novo contrato, válido até 31 de janeiro de 2015, não significa que o carregamento de óleo diesel ou óleo combustível realmente seguirá para as usinas, mas obriga a estatal a fornecer o insumo sempre que preciso.

No país, existem entre 2,5 mil MW e 3 mil MW de térmicas que funcionam com óleo. Elas têm um custo de operação entre R$ 500 e R$ 1,1 mil por megawatt-hora. São a fonte mais cara de todo o sistema interligado nacional. Isso faz com que elas só sejam ligadas caso o custo marginal de operação (CMO), que baliza os preços de energia no mercado de curto prazo, estejam bastante altos.

Veloso afirma que a iniciativa de um contrato mais longo, dessa vez, partiu da Petrobras e não das empresas. Ele diz que as térmicas estão preparadas para passar a maior parte de 2014 ligadas e elogia a postura da estatal. "O cenário requer mesmo precauções."

O novo aditivo reforça a preocupação com a conta do setor elétrico neste ano. Nos últimos dias, o governo tem insistido em que é impossível prever o gasto com as termelétricas em 2014, rejeitando projeções de analistas que falam em uma despesa de até R$ 18 bilhões


Fonte: Valor

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