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CNH espera ampliar fatia no mercado de máquinas

Apesar da esperada redução de 10% a 15% nas vendas de máquinas agrícolas em 2014 - um recuo é praticamente consenso no mercado, mas as previsões variam -, a CNH mantém o otimismo para este ano e espera ampliar sua participação nos segmentos de colheitadeiras e tratores.

Depois de um 2013 em que todos os recordes do setor de máquinas agrícolas foram batidos, a queda é vista com naturalidade pela CNH, que espera aumentar sua fatia no mercado em um ponto percentual em colheitadeiras - tinha 31,2% de participação no ano passado - e também um ponto em tratores, na qual teve 19,5% no ano passado.

"Não vamos alcançar os números de 2013 porque foi um ano excepcional. Mas estamos falando de vender o dobro de três anos atrás, o que é muito bom", afirmou o vice-presidente da empresa para a América Latina, Alessandro Maritano, durante entrevista ontem para lançamento de novos modelos de tratores da empresa no Show Rural Coopavel, realizado na cidade paranaense de Cascavel.

De acordo com a companhia, os investimentos e estimativas de produção para 2014 foram mantidos. Por questões estratégicas, não foram revelados, mas nos últimos cinco anos a CNH investiu R$ 100 milhões, utilizados principalmente na duplicação da fábrica de Curitiba (PR), a principal da América Latina.

Além disso, a companhia ampliou o portfólio nacionalizando a produção de pulverizadores, plantadeiras, semeadoras e tratores de até 400 cavalos de potência (cv).

Na avaliação de Alessandro Maritano, qualquer estoque pode ser compensado com exportações para a América Latina ou mesmo outros locais. "Essa é a vantagem de ser uma marca global", concluiu. Na feira de Cascavel, a CNH apresentou uma nova linha de tratores. São seis máquinas T7 de média potência e têm de 140 a 205 cv, com versões mecânica e semiautomáticas.

Segundo a empresa, a nova linha permitirá ganhos de produtividade, graças à maior tecnologia. Baseados nos modelos de tratores médios muito utilizados na Europa, as novas máquinas são voltadas principalmente para os produtores de batata, cana-de-açúcar, feno e forragem.

Para o diretor de marketing da CNH, Carlos D"Arce, "a agricultura de precisão não serve apenas para deixar o trator mais atraente", mas também para reduzir o custo dos produtores.


Fonte: Valor Econômico