A alemã Südzucker negocia a aquisição de uma participação na Biosev, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus no Brasil. A operação envolveria a transferência de até metade das ações em poder dos franceses, que passariam, portanto, a compartilhar o controle da companhia.
O negócio casa a fome de comprar com a vontade de vender. Há tempos, o grupo alemão, um dos maiores produtores de açúcar da Europa, com mais de 30 usinas em 10 países, busca uma porta de entrada no mercado brasileiro.
Maior ainda é o desejo da Louis Dreyfus de se desfazer de parte da subsidiária. Desde o início do ano passado, os franceses caçam um parceiro para o negócio. Recentemente, anunciaram também a intenção de vender a unidade de cogeração de energia da Biosev, que estaria avaliada em R$ 1 bilhão.
Criada a partir da compra dos ativos da Santa Elisa Vale junto à família Biagi, a Biosev tornou-se um bagaço na operação da Louis Dreyfus no Brasil. A empresa é uma usina de moer dinheiro. Nos últimos dois anos, os franceses injetaram na subsidiária mais de R$ 1,2 bilhão. Ainda assim, a companhia não decola.
Nos dois últimos trimestres, amargou um prejuízo da ordem de R$ 245 milhões. É quase a perda acumulada em toda a safra anterior: na casa dos R$ 270 milhões. A Biosev carrega ainda um passivo próximo de R$ 1 bilhão.
Além de recursos, a empresa é também um triturador de executivos. Já está no terceiro presidente em pouco mais de dois anos
Fonte: Relatório Reservado
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