Construção, de acordo com a Petrobras, seria capaz de retirar cerca de 80 mil caminhões das estradas por ano.
Em funcionamento desde agosto, o alcoolduto ainda não surtiu o efeito esperado nas estradas da região. O tráfego de caminhões não apresentou redução.
A Polícia Rodoviária não fala em números, mas diz que ainda não pôde ser sentida diferença para a esperada diminuição do tráfego de caminhões de combustível.
A construção se destina a transportar etanol por meio de dutos subterrâneos dos polos produtores para as refinarias. O trecho Ribeirão-Paulínia tem 206 quilômetros. Ao término, a extensão será de 1.300 quilômetros.
O setor se beneficiaria com o transporte via duto. O preço anunciado pela Logum Logística S.A. pode ser até 60% mais barato do que o terrestre. Redução que, para especialistas, dificilmente chegará ao consumidor.
A Petrobras anunciou, em novembro de 2010, no lançamento do alcoolduto em Ribeirão, que a obra seria capaz de retirar das rodovias cerca de 80 mil caminhões ao ano. Para especialistas, a alteração no tráfego deve ser sentida, mas no longo prazo.
"Haverá menos tráfego de caminhões e menos poluição", disse o professor de economia da USP de Ribeirão Preto Sergio Naruhiko Sakurai. "Logo, é um benefício indireto ao consumidor."
Para ele, este é o principal benefício que o alcooduto poderá trazer ao consumidor, e não vantagens financeiras.
De acordo com tabela publicada pela Logum, o frete do alcoolduto no trecho Ribeirão-Paulínia custa R$ 18,76/m³, ante os R$ 45,80/m³ do transporte por rodovias do produto em trecho igual, segundo o Sistema de Informações de Fretes da Esalq/USP.
"Embora exista a tendência de queda do custo de transporte, nada garante que o consumidor final será realmente beneficiado."
Economista que estuda impactos dos dutoviários, Jamile de Campos Coletti acredita que a redução de custo poderá chegar ao consumidor, mas a longo prazo.
"É preciso lembrar que o trajeto do terminal até a refinaria [trecho feito via duto] representa uma pequena parte de todo os custos da produção agrícola", disse o economista Roberto Fava Scare.
Para ele, a redução poderá trazer um pequeno fôlego para o setor sucroenergético, que está achatado.
Fonte: Folha de S. Paulo
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