Propriedades vão abrigar o polo automotivo de Pernambuco
O governador Eduardo Campos desapropriou sete engenhos de cana-de-açúcar na Zona da Mata. Cinco delas da Usina Cruangi, no município de Timbaúba, e duas da Usina Pumaty, em Água Preta. As propriedades serão utilizadas no desenvolvimento do polo automotivo estadual, no assentamento de pequenos módulos rurais e na acomodação de famílias retiradas das áreas do Complexo de Suape. A iniciativa surpreendeu os fornecedores de cana dessas usinas, não pela ação em si, mas pelo local desapropriado. Os agricultores aguardavam a compra de terras no município de Goiana, especificamente do engenho Maravilha, da Cruangi. Se assim fosse, como estava em discussão entre as partes, como revela a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), a usina poderia quitar a dívida de R$ 5 milhões com os agricultores em relação ao fornecimento de cana na última safra.
As áreas desapropriadas, conforme indica o Diário Oficial do Estado, desta terça-feira (10), são os engenhos Cumbe, Juliãozinho, Jussara, Jussarinha e Trincheiras, todas da Cruangi. E os engenhos Arranca e Almecega da Usina Pumaty. “A desapropriação fará com que as usinas quitem seus passivos com o ICMS estadual, pois o valor dela equivale apenas às suas dívidas tributárias, mas, não vai contribuir de nenhuma forma para auxiliar os pequenos fornecedores de cana a receber seus passivos com estas usinas. E o pior que com a venda dessas terras, acabará com a esperança da volta do funcionamento dessas unidades industriais”, reclama Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.
O dirigente diz que havia uma proposta sendo negociada com o Estado para que houvesse outra forma da situação ser resolvida, mas foi pego de surpresa com o desfecho do caso. “Há mais de um ano, estava sendo estudada a possibilidade da desapropriação de parte do engenho Maravilha, da usina Cruangi, localizada em Goiana, que é bem maior e mais próxima da Fábrica da Fiat”, fala Lima, lembrando que seria bom para todos. Isso porque com a compra dessas terras pelo Estado, a usina pagaria o passivo tributário e ainda sobraria recurso com a venda, por ser uma área melhor localizada e mais valorizada que os engenhos em Timbaúba, possibilitando ela quitar também o passivo com os canavieiros.
Fonte: Assessoria de Imprensa da AFCP
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