A evolução global dos biocombustíveis de segunda geração começa a produzir grandes projetos, que atendem às especificidades e potencialidades locais e gradativamente transformam em realidade os avanços esperados das novas tecnologias. Na visão do consultor de Tecnologia e Emissões da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, esse é o caso na Itália, que agora é a sede da maior usina de etanol celulósico do mundo.
Iniciativa da Beta Renewables, líder global em biocombustíveis de segunda geração e parte do Grupo Mossi & Ghisolfi, e da maior produtora mundial de enzimas industriais, a dinamarquesa Novozymes, a usina foi inaugurada oficialmente em outubro perto da cidade de Crescentino, no norte da Itália. A estrutura, com capacidade para produzir 75 milhões de litros de etanol celulósico por ano, utiliza como matéria-prima a palha de trigo, palha de arroz e uma espécie de cana gigante conhecida como cana-do-reino.
Mais de US$ 200 milhões foram investidos no projeto desde 2011, especialmente para desenvolver a tecnologia utilizada para tornar possível a produção de etanol celulósico. De acordo com o CEO da Beta Renewables, Guido Ghisolfi, o mercado de biocombustíveis avançados traz transformações econômicas e oportunidades socioambientais que abrem caminho para uma revolução verde no setor químico. "Nós vamos continuar expandindo comercialmente essa tecnologia no mundo todo e estamos muito confiantes, pois a demanda mundial é bastante ampla," disse.
Para o diretor executivo da Novozymes, Peder Holk Nielsen, as políticas públicas devem ser claras para estimular a continuidade dos investimentos em biocombustíveis avançados. "Mandatos estáveis de mistura, incentivos para o recolhimento de resíduos agrícolas e apoio ao investimento para as primeiras plantas em larga escala vai ajudar a reduzir a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEEs), estimulando a economia e garantindo segurança energética," finalizou.
A mesma tecnologia em uso na usina da Beta Renewables será utilizada na primeira usina brasileira de etanol celulósico de porte comercial. A estrutura, que está sendo construída pela empresa brasileira GranBio, tem sua inauguração programada para a primeira metade de 2014 e vai produzir etanol celulósico a partir de palha de cana-de-açúcar, adquirida de usinas de processamento de cana da região.
Fonte: UNICA
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