Resultado da diminuição da produção, o período de monções e principalmente o consumo crescente
A Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar do mundo, terá o superávit em declínio no próximo ano, resultado da diminuição da produção, o período de monções e principalmente o consumo crescente. Apresentara queda entre 1 e 2 milhões de toneladas na safra 2013/14, a produção deve alcançar 24,5 milhões de toneladas na safra 2013/14, ante 25,3 milhões de toneladas na safra anterior. É o que afirma Vijay Singhal, comissário do açúcar do Estado de Maharashtra, principal estado produtor de açúcar da Índia, durante a 13ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol.
Singhal projetou o consumo em 23,9 milhões de toneladas na safra 2013/14, ante 23,2 milhões de toneladas na safra anterior. “O consumo de açúcar, que cresceu 3% a 4%, ajudará a derrubar o excedente, já que o crescimento da Índia vem sendo de 3% ao ano, ante crescimento médio mundial de 2%”. Excedente este de 8,8 milhões de toneladas de açúcar interno. “Esperamos exportar 1 milhão de toneladas de açúcar refinado e 1,5 milhões de toneladas de açúcar bruto", afirma Singhal.
A produção de açúcar deve declinar de 1% a 2%, previsão de 35 milhões de toneladas de cana. A redução na área de cana-de- açúcar é devido a uma ligeira queda para 5,12 milhões de hectares em 2013/14, comparado a 5,17 milhões de hectares da temporada passada devido às chuvas desfavoráveis, disse Singhal.
A Índia é o segundo maior produtor de açúcar no mundo, o que por sua vez lhe dá influencia e peso nas definições de preço e no comercio internacional. “Dois fatores vão determinar os números de exportação finais: o período de monções e a politica do governo para o setor açucareiro", disse Singhal, referindo-se às eleições gerais do próximo ano, o que significa que o governo normalmente mantém ou amplia preços mínimos favoráveis para os produtores de cana.
Embora algumas projeções do mercado estão esperando um potencial de exportação maior nesta temporada para o consumo mundial de açúcar, entre 3 e 4 milhões de toneladas, para Singhal é improvável. "O preço internacional do açúcar está muito baixo para as exportações. A exportação somente seria possível com incentivos do governo ou subsídios". Os comerciantes nos últimos dias fecharam acordos para exportar cerca de 175 mil toneladas de açúcar bruto para entrega entre Dezembro e Janeiro.
A perspectiva do mercado de etanol é de crescimento já que as usinas indianas de açúcar tem se apoiado na produção de etanol como uma alternativa às dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor, em consequência dos baixos preços do açúcar. Preço do açúcar bruto subiu 0,26% para 19,47 centavos de dólar por libra-peso na terça-feira.
Fonte: Universo Agro
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