Os custos totais de produção de etanol subirão 15 por cento na safra 2013/14 do Nordeste, enquanto os do açúcar terão alta de 16 por cento na região, onde a moagem de uma safra menor de cana está começando, de acordo com estudo divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta quinta-feira.
Os custos com insumos agrícolas também devem crescer, em função do câmbio, já que muitos produtos são importados. Só os preços dos fertilizantes devem subir 18 por cento de uma safra para a outra. Os herbicidas terão elevação de 9 por cento, enquanto os gastos com mão-de-obra devem aumentar 7 por cento, segundo o estudo.
Outro item que terá peso significativo nos custos são as mudas, cujos preços irão subir 6,17 por cento, de acordo com o estudo elaborado pela CNA e pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (Pecege/Esalq/USP).
"A produção de cana de açúcar mostra rentabilidade ruim em todos os cenários, o que gera uma visão pessimista para a situação econômica dos fornecedores de cana. Muitos fornecedores de cana estão procurando culturas alternativas mais rentáveis e admitem a possibilidade de abandonar o mercado canavieiro", segundo boletim da CNA.
A região, que colhe cerca de 10 por cento da safra nacional de cana, ainda terá uma produção de cana menor, em função da seca. Segundo o boletim, a área colhida deve ter queda de 8 por cento.
O estudo foi feito junto a produtores, usinas, cooperativas e fornecedores de insumos de Alagoas, Pernambuco e Paraíba
Fonte: Reuters
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