O presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), Arnaldo Bortoletto, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a entidade irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a sentença que proíbe a queima da palha de cana-de-açúcar na região de Piracicaba (SP). 'Tentamos derrubar a liminar, mas não conseguimos', disse Bortoletto, referindo-se à liminar de 13 de julho de 2012, confirmada no último dia 7 pela juíza federal Daniela Paulovich de Lima, titular da 2ª Vara Federal em Piracicaba.
Desde então, estão suspensas todas as licenças e autorizações expedidas pela Companhia Tecnológica de Saneamento Ambiental (Cetesb) e pelo Estado de São Paulo que autorizam a queima de palha de cana-de-açúcar na região que abrange, além de Piracicaba, 12 municípios. O descumprimento prevê multa diária de R$ 50 mil. A alegação é de que a queima da palha é prejudicial à saúde da população local e ao meio ambiente.
'Temos de buscar soluções, não uma medida como essa, que prejudica um ciclo da cultura', disse Bortoletto. Segundo ele, a liminar afetou cerca de 3.200 pequenos produtores da região (80% do total), que ainda estavam trocando ou adaptando os equipamentos para o corte mecanizado. Conforme a Secretaria de Agricultura do Estado, as queimadas em São Paulo devem terminar até 2017.
'Tivemos um acréscimo no custo de R$ 7 a R$ 8 por tonelada de cana moída. O transporte encareceu em R$ 2 por tonelada', explicou Bortoletto. 'Desde a liminar, de 5% a 10% dos produtores desistiram de plantar cana, porque os custos subiram muito, enquanto os preços do etanol e do açúcar despencaram.'
A Usina Açucareira Furlan, em Santa Barbara D'Oeste, informou à reportagem que a mão de obra ficou 30% mais cara com a proibição da queima. A unidade processa 1,4 milhão de toneladas de cana por safra, mas tem apresentado uma produtividade menor devido à palha que é moída com a matéria-prima
Fonte: Agência Estado
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