Cascas de banana trituradas podem funcionar como um remédio eficaz em águas poluídas por pesticidas. Esse poder de despoluir a água por um custo zero foi descoberto por uma equipe de cientistas liderados pela pesquisadora Claudineia Silva, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.
Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores coletaram amostras nos rios Piracicaba e Capivari, e na estação de tratamento de água da cidade. Nesses rios, as águas ficam poluídas pelos pesticidas atrazina e ametrina, muito usados em plantações de cana-de-açúcar e milho.
Em seguida, os pesquisadores secaram cascas de banana maduras em um forno a 60ºC por um dia, resultado que também pode ser obtido ao expor o material ao Sol durante uma semana. Após essa primeira etapa, as cascas foram trituradas e peneiradas. O processo gerou um pó de consistência parecida com a de uma ração. Esse material foi, então, misturado com a água, agitado por 40 minutos e filtrado. “A reposta foi ótima. Essa biomassa conseguiu absorver 90% dos pesticidas”, afirma Claudineia.
Esse método tem uma vantagem sobre procedimentos tradicionais. Atualmente, os tratamentos de água não são suficientes para remover resíduos de agrotóxicos de tal forma a atingir o padrão de potabilidade e evitar riscos à saúde humana.
O carvão ativado (o mecanismo mais usado), por exemplo, é um método caro de despoluição. “A casca de banana teria custo zero. Qualquer um poderia usar essa técnica, principalmente em regiões mais pobres. Qualquer pessoa pode pegar uma casca de banana, secar ao sol, bater no liquidificador e jogar na água”, diz Claudineia.
Fonte: Exame.com
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