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Mesmo com a crise, a Fenasucro 2013 cresce

Maior feira sucroenergética do planeta terá 550 expositores, estimativa de público de 35 mil visitantes e faturamento de 2,2 bilhões reais

Na manhã desta última quinta-feira, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho, foram apresentados detalhes sobre a edição deste ano da maior feira sucroenergética do planeta, a Fenasucro. Augusto Balieiro, diretor da Reed Multiplus, disse na coletiva que, mesmo com o setor passando por dificuldades, a Fenasucro cresceu: serão 550 expositores, em uma área de 70 mil metros quadrados. Espera-se um faturamento de R$ 2,2 bilhões.

Fernando Barbosa, diretor da Reed Multiplus, apresentou as mudanças realizadas para a feira deste ano, como a incorporação do módulo de Transporte e Logística. Essa área é responsável por 40% dos custos do setor, por isso, além de receber uma ala de expositores dirigidos ao tema, a Fenasucro abre espaço para a realização do Seminário de Transporte e Logística, que acontecerá nos dias 28 e 29 de agosto no Auditório do Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho, o evento discutirá a logística dentro e fora da porteira.

Mas o evento de abertura da 21º Fenasucro será a Conference Datagro Ceise Br Fenasucro, que acontecerá no dia 27 de agosto das 8h às 16h30 no Teatro de Sertãozinho. Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria, esteve ontem na coletiva de imprensa sobre as novidades da Fenasucro 2013 e forneceu detalhes sobre a conferência. Disse que serão debatidos cinco importantes temas: Perspectivas do Mercado Mundial e Avaliação da safra 2013/2014 no Brasil; Desenvolvimento Econômico com a Diversificação do Setor Sucroenergético; Visão e Atuação do Setor Produtor; Política Industrial para o Setor Sucroenergético e Financiamentos para o Setor Sucroenergético.

Nastari afirmou que a Datagro está otimista em relação ao setor, pois o consumo mundial de açúcar cresce a taxa anual de 2,4%, e o Brasil, nos últimos 12 anos respondeu por 64% do mercado mundial de açúcar, enquanto que os outros países caíram 5%. Mas com esse cenário de retração de investimentos no setor, começa a surgir a dúvida de quem irá abastecer o mundo daqui a dois ou três anos. “É esse potencial de mercado que incentiva o BNDES a continuar a liberar aportes de recursos para o setor”, disse Nastari, lembrando que o setor já recuperou seu poder de produção de cana, tanto que, nesta safra, a indústria já moerá próxima a sua capacidade total de moagem.

O presidente da Datagro salientou que, mesmo em crise e com a maior parte dos recursos dirigidos à área agrícola, também está ocorrendo investimentos em fábricas de açúcar, automação e tecnologias para cogeração e etanol de 2ª geração. Segundo ele, outro sinal que leva ao otimismo é que ainda há estoque de produtividade a ser implementado, possibilitando ao setor passar dos atuais sete mil litros de etanol por hectare para até 35 litros, trazendo ao longo dos próximos anos aumentos significativos de competitividade e remuneração.

A Datagro prevê que até 2020, a produção de açúcar deve passar dos atuais 166 milhões de toneladas para 201 milhões de toneladas. A produção de etanol, de 95 bilhões de litros para 167 bilhões, frutos de uma demanda crescente. O açúcar, especialmente nos países da Ásia, e o etanol, principalmente, nos EUA e no Brasil.
Grade de eventos paralelos e a importância da Fenasucro
Entre as várias atividades paralelas que ocorrerão durante o evento estão: o 1º Congresso de Automação e Inovação Tecnológica Sucroenergética; Seminário Agroindustrial Stab; Seminário Gegis, Reunião Gerhai, Roda Internacional Apla/Apex e Rodada Nacional Forind.

Durante a coletiva de imprensa, representantes do setor e autoridades destacaram a importância da Fenasucro. Carlos Liboni, Secretário da Indústria e Comércio de Sertãozinho, disse que a feira é uma ferramenta de desenvolvimento econômico para o município e uma alavanca de negócios para as empresas relacionadas à cadeia sucroenergética. Segundo ele, a expectativa é que a feira deste ano seja bastante politizada e recheada de novidades.

A importância do Ceise Br, realizador da Fenasucro, na defesa dos interesses da indústria de base do setor foi destacada por Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente da Entidade. Ele aproveitou para salientar que o setor está voltando a investir, tanto que no ano passado, o BNDES, liberou R$ 600 milhões, e este ano já liberou R$ 2,2 bilhões para investimentos na indústria. Destacou o trabalho intenso das empresas de base da cadeia sucroenergética no desenvolvimento de tecnologia de ponta, que mais uma vez será exposta na Fenasucro 2013.

Bendita seja a Fenasucro! Disse Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e da Orplana. Para Ortolan, o meio para as empresas se manterem no mercado é investir em tecnologias que aumentam a produtividade e reduzam custo, e a Fenasucro é o canal de divulgação dessas inovações.

Antonio Tonielo, presidente da Copercana e do Grupo Virálcool, convidou a todos do setor para visitarem a feira que é uma fantástica oportunidade para a troca de experiência, contatos e atualização sobre as melhores soluções para o aumento da competitividade do setor.


Fonte: Universo Agro