Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho da Copersucar exalta os números do mercado e diz que não dá para não investir em um potencial desses
Os fundamentos de longo prazo do negócio sucroenergético não foram abalados nos últimos anos. Continuam firmes. “Temos uma demanda sólida e crescente. O etanol, há dez anos, era mercado de 35 bilhões de litros. Em 2012 foi de 92 bilhões de litros. Para esse ano, a estimativa é de 102, 103 bilhões de litros. Saímos de mercado pequeno para um mercado de 102 bilhões”, justifica Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho da Copersucar. “É mercado equivalente ao de açúcar no mundo em termos de volume e renda”, acrescenta.
Especificamente o mercado brasileiro oferece oportunidade de 23 bilhões de litros, o que corresponde a cerca de US$ 10 a US$ 12 bilhões. “Não dá para deixar de investir num mercado como esse. Quantos mercados desse, com demanda sustentável e crescente, existem no mundo?”, indaga Pogetti. A grande resposta é que o mercado existe. Outro fator importante é que existe na cana um estoque de produtividade ainda não aflorado e não produtivo. Diferente de culturas concorrentes, ela ainda não teve nenhum benefício de modificação genética. Segundo ele, a possibilidade de crescimento de produtividade com a cana é formidável. “As linhas de pesquisa em andamento no CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) apontam para uma possibilidade de ampliar nossa produtividade da cana de 7 mil litros de etanol por hectare para 35 mil litros de etanol por hectare. Sendo modestos, se atingirmos 30% disso, seria fantástico.”
Outro argumento é o natural core business do Brasil em atender a demanda de alimento e energia no mundo. “Com essas características, não tem como não investir. E nós estamos investindo, diferente do que está sendo colocado. Não estamos investindo em crescimento, porque temos capacidade ociosa disponível”, afirma Pogetti. Segundo ele, o setor investiu ano passado R$ 8 bilhões em renovação de canavial, cuja idade média, que estava atingindo 4 anos, nesse ano atinge 3,2 anos. Já no ano passado a produtividade foi de 68 kg por tonelada e a esperada para esse ano é de 80 kg.
O setor também está investindo forte em logística. A Logun acabou de entregar e entra em operação dentro de poucas semanas [início de julho] o etanolduto no trecho entre Paulínia e Ribeirão, trazendo ganho de competitividade ao setor. “O momento agora é de investir em competitividade, preencher a capacidade ociosa e, de maneira mais ordenada, ter gradual crescimento para atender essa formidável demanda que existe.”
Fonte: Universo Agro
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