O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável ? Microbacias II ? Acesso ao Mercado, executado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por intermédio da CATI, está chegando à metade de sua vigência. Por isso, representantes do Banco Mundial estiveram com a equipe que gerencia o Projeto, entre os dias 10 e 20 de junho, para a uma missão preparatória da revisão de meio-termo, fizeram uma análise de tudo o que foi executado até agora em relação às iniciativas de negócio apoiadas, às salvaguardas ambientais e sociais, à capacitação das organizações de produtores e à manutenção de estradas rurais. Três consultores do Banco Mundial participaram da missão, cada um responsável por uma avaliação específica.
O economista Dino Francescutti, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que trabalha em cooperação com o Banco Mundial, visitou associações e cooperativas em diversos municípios paulistas. O objetivo foi entender os projetos e as ações propostas, verificar o que já havia sido efetuado, o que falta fazer, e como as associações estão organizadas para cumprir os objetivos.
Entre os municípios visitados, o consultor pode conhecer o Plano de Negócios em desenvolvimento pela Cooperativa dos Produtores de Chuchu de Amparo e Região (Coopcham), cuja proposta é uma unidade de processamento de produtos hortícolas, tendo por objetivo atender os mercados institucionais e o varejo com produtos diferenciados.
Francescutti também conheceu a Associação de Produtores Rurais de Laranjal Paulista, formada durante o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas (PEMH) e que viu, na segunda fase, com o Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado, a oportunidade de concretizar um sonho. “Aproveitamos as subvenções e os incentivos do PEMH para incrementar e diversificar a nossa produção, principalmente na área cultivada e na produtividade de milho e feijão. Agora, no Microbacias II, apresentamos a manifestação de interesse para obter recursos para a construção de silos de armazenagem de grãos e galpão de beneficiamento, o que possibilitará a nossa autonomia quanto à comercialização e, também, à agregação de valor, pois poderemos investir em subprodutos dos resíduos de milho para ração, além de ter um setor para embalagens, o que nos permitirá, por exemplo, comercializar feijão ensacado, aumentando o valor de venda”, explicou João Primo Costa, presidente da Associação.
Em Itatinga, a visita foi na sede da Associação de Apicultores do Polo Cuesta (AAPC), onde estão todos os 22 equipamentos comprados para compor a Casa do Mel, destinada ao beneficiamento e envase do produto. A verba para aquisição foi de R$ 94.176,00, sendo R$ 65.923,20 apoiados pelo Projeto Microbacias II e o restante, contrapartida dos 17 associados envolvidos. “Este é um momento crucial de crescimento e é fundamental que eles saibam exatamente o que querem e o que precisam fazer para atingir este novo mercado pretendido e eles parecem estar conscientes, planejando as ações de forma estratégica para que isto aconteça”, avaliou o economista.
Outra associação visitada foi a Associação de Produtores da Microbacia Hidrográfica do Rio Claro, em Pratânia, onde a principal atividade é o cultivo de café de qualidade, que tem a certificação Fair Trade. A proposta foi para aquisição de colheitadeira de café, trator, carreta, trincha preparadora de solo e carreta para transporte. A colheitadeira está sendo utilizada de forma coletiva e já garantiu ao produtor Paulo Paschoalinotto, em apenas uma manhã de trabalho, a colheita que precisaria de 10 pessoas, elevando o custo de produção e aumentando o período de colheita. Segundo o presidente da Associação, Luiz Carlos Bassetto, conhecido como "Japão", a associação está crescendo consciente sobre os investimentos necessários. Francescutti elogiou o amadurecimento dos associados ao usarem os recursos obtidos pelos prêmios de certificação para o café na contrapartida de 30% exigida pelo Microbacias, além de investimentos individuais feitos por alguns membros.
O economista também esteve na Cooperativa dos Produtores Agropecuários do Município de São Pedro, que adquiriu vários equipamentos, entre eles uma nova iogurteira, caldeira, pasteurizador, além de dois veículos, uma camionete e um caminhão baú refrigerado para atender a região. “Com maior volume, podemos acessar novos mercados”, afirmou o presidente José Lodovico Rinaldi. Animados com o retorno, os cooperados já apresentaram nova proposta de Iniciativa de Negócio para a fabricação de queijos, um novo produto.
Dino Francescutti conheceu, ainda, organizações de produtores beneficiadas pelo Projeto nos municípios de Valinhos, Cândido Rodrigues, Urupês e São Miguel Arcanjo.
Fonte: CATI On-Line
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