A Usina Manoel da Costa Filho, na região do Cariri cearense, fechada desde 2005, voltará a funcionar após a intervenção do governador Cid Gomes (PSB). O Estado acaba de comprar a unidade pelo valor de R$ 15,4 milhões, no leilão realizado pela Justiça do Trabalho, nesta sexta-feira (07), em Fortaleza. O lance foi dado pelo presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará, Roberto Smith. A União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) parabenizou a decisão do governador, visto que a ação impulsionará a produção sucroalcooleira local novamente.
Quando estava em pleno funcionamento, somente a Usina Manoel da Costa Filho, representava 4% do PIB estadual. Para Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida, a posição do governo foi a mais justa e acertada, mostrando sensibilidade com o seu povo e com a sua vocação econômica. A região do Carirí possui excelente potencial da produção canavieira, porém, estava sem perspectiva com o fechamento da usina. “A sua aquisição, acompanhada de sua requalificação, promoverá o desenvolvimento socioeconômico da região mais uma vez”, comemora.
Logo após o arremate da usina pelo governo, Lima, que acompanhou o leilão, foi convidado pelo secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, para contribuir no processo que definirá o modelo de gestão da unidade. “Defendemos, que a usina seja vendida a uma cooperativa de produtores cearenses de cana, que pagaria o montante investido pelo poder público, na medida em que a usina volte a produzir”, diz. O dirigente cogita ainda a comercialização e operação dela por meio de uma Parceria Público Privada (PPP).
Contradições – enquanto o governador Cid Gomes aposta no setor sucroalcooleiro do seu estado, reativando um importante equipamento para o desenvolvimento socioeconômico do Ceará, o governo de PE só observa o fechamento de várias usinas e destilarias no seu estado. “Do ano de 2010 pra cá, duas destilarias (PAL, em Nazaré da Mata; e São Luiz, em Marraial) e duas usinas (Catende, na cidade de mesmo nome; e Cruangi, em Timbaúba) fecharam as portas, provocando problemas sociais significativos”, conta Lima.
O dirigente lembra que o caso da Catende é ainda mais emblemático, visto que ela é fruto de uma política público do antigo governador Miguel Arraes. “É oportuno dizer que a usina se arrasta de leilão em leilão sem resolução, enquanto o povo daquela região amarga o prejuízo de ver suas terras produtivas, sem nenhuma utilização por falta de qualquer intervenção pública no caso", lamenta Lima, dizendo que tem de haver alguma proposta do governo estadual para finalizar a peleja.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Unida
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