A estimativa é de que até 2050 a produção de alimentos cresça mais de 60%.
O vice-presidente sênior de proteção de cultivos e sustentabilidade para a América do Sul da BASF, Eduardo Leduc, durante apresentação em evento, apontou que 50% de todo alimento produzido hoje é desperdiçado, e que enquanto isso 870 milhões de pessoas não tem o que comer. A estimativa é de que até 2050 a produção de alimentos cresça mais de 60%.
O executivo apresentou painel sobre "A convergência entre a gestão ética e a sócio-eco-eficiência" na primeira edição do Encontro Nacional de Ética no Agronegócio – Agroética.
De acordo com o vice-presidente, o combate ao desperdício de recursos naturais é muito mais eficiente para o combate ao desmatamento porque assim menos áreas precisariam ser desmatadas para a obtenção de matéria prima.
Baseando-se em alguns dados para problematizar o desperdício, que considera uma das principais causas do desmatamento, Leduc afirma que a sociedade enxerga o produtor como o principal ''vilão'' do desmatamento, muito porque a "agricultura está muito longe da sociedade no Brasil". Ou seja, o modelo urbano afastou as pessoas do campo, o que dificulta o contato, e por isso o desconhecimento nos processos produtivos.
Para elevar a produção de frutas, verduras, carnes e outros, são levados em conta fatores como área, tecnologia, energia e recursos naturais. Já para diminuir o desperdício é necessário maior investimento na educação, tecnologia e infraestrutura.
Eduardo Leduc definiu a sustentabilidade como uma ciência em evolução que precisa de inovação. Também disse que a sustentabilidade é complexa, por envolver muitos processos. Algo considerado ''mais verde'', que possa ter sido realizado em uma etapa anterior, pode não ser mais viável em uma etapa posterior. “É preciso tratar o tema sustentabilidade sem subjetividade, mais objetivamente, com base em dados. O agronegócio se sustenta por três pilares: economia, meio ambiente e sociedade – todos devem ser examinados, não somente um deles”, comentou.
Apresentou o projeto criado pela Basf no ano passado - Fundação Espaço Eco - que visa conscientizar de maneira eficiente o agricultor.
"Nós evoluímos muito dentro da porteira, e podemos melhorar muito fora dela", disse Leduc.
Fonte: Universo Agro
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