O valor da produção agropecuária na região de Ribeirão Preto foi de R$ 2,1 bilhões no ano passado, segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), órgão do Governo Estadual. O resultado representa um aumento de 2,63% em relação ao obtido com a produção de 2011 e coloca a região - formada por Ribeirão e outras 18 cidades - em sexto lugar no ranking das 40 regiões de São Paulo.
De acordo com Maximiliano Miura, pesquisador do IEA, o resultado obtido pela região de Ribeirão é positivo e mostra que os produtores foram melhor remunerados, pois não houve ganho significativo na área produtiva ou na produtividade. “São números bons, tendo em vista que 16 regiões tiveram perdas no valor”, disse.
Dependência
O índice de aumento no valor da produção de Ribeirão, porém, ficou abaixo da média geral do Estado, de 3,7%. Isso aconteceu, segundo Miura, por conta da forte dependência da cana-de-açúcar. De acordo com o IEA, 83,3% dos valores obtidos pela agropecuária local vieram da cana, que gerou R$ 1,75 bilhão no passado.
“A região é altamente dependente e o setor não teve uma boa remuneração no ano passado”, disse Miura. Ainda segundo o pesquisador, o resultado da região, que tem a maior dependência da cana no Estado, ainda pode ser considerado positivo.
“Os preços baixos poderiam ter afetado ainda mais o desempenho, o que não aconteceu.” Segundo o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Zorzenon, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Ribeirão, órgão ligado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, a remuneração ainda se manteve positiva por conta de uma expectativa de melhoras nos preços para este ano e pela tradição da região, que pratica preços mais elevados.
Diversificação é a saída
Depois da cana, 3,6% (R$ 76,8 milhões) do valor obtido com a produção agropecuária da região de Ribeirão Preto vieram da carne de frango, seguida pela carne bovina (3%) e café (2,5%). “É uma discrepância grande, que gera uma preocupação, pois mostra que não há diversidade e o produtor fica em uma situação complicada”, diz Luiz Fernando Zorzenon, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Ribeirão.
Ainda segundo ele, a região, que já teve predominância de café, vive hoje o ciclo da cana. “O produtor vai para a área que melhor remunera, mas é preciso haver uma diversificação de produção para evitar crises.”
Zorzenon disse ainda que há um trabalho da Cati para que os produtores invistam em novas culturas e que o País precisa de uma política agrícola.
Fonte: Jornal A Cidade de Ribeirão Preto
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