A Índia suspendeu nesta quinta-feira parte dos controles sobre o setor de açúcar. A medida tem como objetivo aumentar os investimentos na indústria, mas elevará os gastos públicos com subsídios para alimentos.
O gabinete de governo do país eliminou a exigência de que as usinas reservem 10% de sua produção para vendas subsidiadas à parcela mais pobre da população. Até agora, as usinas tinham de fornecer essa quantidade a preços estabelecidos pelo governo. Também foi abolida a prática de fixação de cotas de seis meses para as usinas venderem açúcar no mercado aberto. O mecanismo pretendia impedir qualquer aumento acentuado dos preços.
Em entrevista à imprensa, o ministro dos Alimentos, K.V. Thomas disse que o governo continuará vendendo açúcar a valores subsidiados para a população mais pobre. Isso mais que dobrará o custo com o subsídio à commodity, para cerca de 53 bilhões de rupias (US$ 966 milhões) por ano.
A decisão de retirar parte dos controles sobre o setor ´não levará a um aumento de preços´, afirmou o ministro, acrescentando que o governo poderá rever as alterações ao mecanismo de subsídio futuramente, depois de avaliar o seu impacto. A medida se baseia em recomendações de um painel do governo, que pediu no ano passado a suspensão dos controles a fim de aumentar os investimentos no setor.
Os produtores de açúcar domésticos, que fizeram lobby por muito tempo para suspender os controles, comemoraram a iniciativa. ´Essa decisão vai reduzir nossos estoques e garantir melhores fluxos de caixa´, disse o diretor-geral da Associação de Usinas de Açúcar da Índia, Verma Abinash. Segundo ele, lucros maiores ajudarão as empresas a resolver os atrasos de pagamentos a produtores de cana-de-açúcar.
Existem mais de 500 usinas de açúcar na Índia. A produção de açúcar do país no ano-safra que termina em 30 de setembro deverá totalizar 24,6 milhões de toneladas. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Agência Estado
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3