O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu em Plenário, nesta segunda-feira (25), a definição pelo governo federal de uma política sólida de longo prazo para o setor sucroalcooleiro. Ele também ressaltou o papel do Congresso Nacional no aprimoramento de uma política nacional estratégica para o etanol de cana de açúcar.
O parlamentar comparou a atual crise do álcool combustível à que ocorreu na década de 80 e início dos anos 90. Os dois momentos, segundo Renan Calheiros, foram precedidos de períodos de euforia.
O Programa Nacional do Álcool (ProÁlcool), lembrou o senador, foi uma resposta à crise do petróleo em 1975. E, mais recentemente, o ex-presidente Lula deu "extraordinário impulso" ao combustível verde, com a construção de usinas e o advento do carro flex. Em ambos os casos, enfatizou, a produção caiu e "não compensa" abastecer com álcool, a não ser para misturar na gasolina.
Por outro lado, Renan Calheiros apontou o sucesso dos Estados Unidos na produção de etanol à base de milho, mais poluente que a cana de açúcar e que ainda encarece a produção de alimentos. O parlamentar acrescentou que a meta norte-americana de substituição da gasolina pelo etanol está sendo alcançada e a produção naquele país já é mais que o dobro da brasileira.
Renan Calheiros também falou sobre o impacto da falta de uma política nacional para o setor sobre o estado de Alagoas que, segundo ele, ainda continua dependente da agroindústria sucroalcooleira, apesar de ser pioneiro na produção do etanol de segunda geração. A situação, destacou o senador, é agravada pela seca severa no Nordeste, e abate mais a população alagoana do que a dos estados com economia diversificada.
Na avaliação do parlamentar, o etanol de cana de açúcar tem tudo para voltar a ser competitivo no mercado e "parecia a caminho de se transformar em uma commodity planetária", mesmo com as descobertas das jazidas do pré-sal.
Em tempos de maior exigência por energia limpa, o senador lembrou que o etanol brasileiro não ameaça a produção de alimentos e pode despontar, junto com o biodiesel da mamona, no mercado mundial de biocombustível.
Além da diversidade de matérias primas e natureza privilegiada, Renan Calheiros ressaltou o domínio da tecnologia e a demanda garantida para o produto, impulsionando usinas e toda a cadeia produtiva.
"Só não seremos uma potência energética se não quisermos. Somos abençoados pela natureza. Nosso desafio e compromisso é de usar com inteligência o que nos foi dado", resumiu
Fonte: Agência Senado
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