No interior de São Paulo, um avanço da tecnologia vai aumentar a produção de álcool aproveitando a mesma safra da cana-de-açúcar, novidade que deve baixar o preço do combustível.
Nas usinas, o bagaço que sobra da moagem da cana forma montanhas. Ele é aproveitado nas caldeiras. Queimado, se transforma em energia elétrica utilizada pela própria usina e pelas distribuidoras de energia.
A partir do ano que vem, o bagaço vai ter outra função: também vai se transformar em combustível. Em São Manuel, no interior de São Paulo, o etanol será produzido do bagaço e da palha, e vai ter a mesma qualidade do que é produzido da cana-de-açúcar.
Uma das vantagens é o aumento da produção, com aproveitamento do mesmo espaço plantado. "Você consegue extrair com essa tecnologia até 50% a mais de produção de etanol e o custo de produção desse etanol vai ser abaixo do custo atual de primeira geração", ressalta Oswaldo Godoy Neto, gerente de projetos do CTC de Piracicaba.
Uma das apostas do etanol de segunda geração é que, durante a entressafra, que vai de dezembro até abril, as usinas possam continuar operando, já que diferentemente da cana-de-açúcar, o bagaço e palha podem ser estocados e processados durante o ano todo.
A produção deve chegar ao mercado em 2016 e em uma usina deve pular dos atuais 140 milhões para 200 milhões de litros de litros por ano. Com um custo menor, o consumidor pode esperar preços mais atrativos nos postos de combustíveis.
"Não faria sentido fazer uma inovação dessa magnitude e levar um álcool mais caro do que nós estamos produzindo hoje. Então a ideia é que ele fique mais barato para o consumidor", afirma Sérgio Roberto Nicoletti, diretor da usina.
Fonte: Bom Dia Brasil
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3