Empresários de pequenas centrais hidrelétricas - usinas com até 30 megawatts (MW) de potência instalada - vão se reunir hoje com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, para discutir oportunidades para o setor. Com um potencial de 6,5 mil MW de projetos prontos para serem desenvolvidos, o setor perdeu competitividade nos últimos três anos, com a queda do custo da energia eólica nos leilões de geração do governo.
No encontro, representantes da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) vão apresentar um estudo elaborado pela consultoria Roland Berger que indica que as PCHs são competitivas quando considerado o custo global dos empreendimentos. Esse custo engloba gastos não incluídos nos leilões, como a conexão com o sistema e investimentos em fontes de energia complementar.
Os empresários também pretendem debater alternativas para destravar os mais de 1,2 mil projetos de PCHs em trâmite na agência. Por serem de menor porte, essas usinas tendem a ficar atrás dos grandes empreendimentos durante a análise por técnicos da agência. Segundo o presidente executivo da Abragel, Charles Lenzi, 654 PCHs já possuem projetos básicos prontos em fase de aceitação pela Aneel.
Lenzi contou ao Valor que aposta em novas oportunidades para o setor, diante do novo cenário energético do país, em que o governo brasileiro estuda contratar mais usinas para aumentar a segurança do sistema em período de baixa nos reservatórios hidrelétricos. Também há a expectativa de fechar novos negócios com a possibilidade, em estudo pelo governo, de realizar leilões específicos por fonte de energia e por região do país.
"Estamos em um processo de reorganização e readaptação ao cenário de competição. A nossa proposição é positiva no sentido de se reintegrar à matriz energética nacional. Desde 2010 as PCHs não tiveram êxito no leilão", acrescentou o presidente do conselho de administração da Abragel, Mozart Siqueira.
Nos últimos anos, o custo das PCHs subiu devido ao aumento dos preços do aço e do cimento, componentes utilizados nas obras civis. Segundo os empresários do setor, cerca de 60% do custo total de uma PCH são relativos às obras civis. No caso das usinas eólicas, essa proporção cai para 10 a 15%
Fonte: Valor
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