Em seu primeiro ano de operação, a Raízen Trading LLP, subsidiária da Raízen - maior processadora de cana-de-açúcar do Brasil, nascida da associação entre Cosan e Shell - encerrou a safra 2012/13 com exportação de 1 bilhão de litros do biocombustível, o equivalente a 30% de todo o volume exportado pelo mercado brasileiro. Confiante na demanda americana pelo produto, a empresa espera que seus embarques a partir do Brasil cresçam entre 8% e 10% em 2013/14. A empresa também começou a originar o biocombustível em usinas da Ásia.
Assim como ocorreu em todo o mercado, a maior parte das exportações de etanol da Raízen tiveram como destino os Estados Unidos, majoritariamente para uso como combustível. "O restante seguiu para uso industrial na Europa e no Japão", disse Leonardo Gadotti Filho, vice-presidente de Logística, Distribuição e Trading.
Ele estima que o mercado brasileiro tenha embarcado 3,2 bilhões de litros em 2012/13, sendo 2,2 bilhões exportados diretamente aos Estados Unidos e outros 500 milhões via usinas de desidratação da América Central (exportação indireta). Gadotti estima que um volume de 500 milhões de litros tenha sido embarcado para uso industrial na Europa e no Japão.
O mercado americano para o etanol carburante segue com tendência de crescimento, diz o executivo. O mandato oficial dos Estados Unidos para os biocombustíveis avançados - categoria na qual o etano de cana-de-açúcar no Brasil se encaixa - é para 3,1 bilhões de litros em 2013, 63% acima dos 1,9 bilhão de litros definido em 2012.
Os volumes de exportação a partir do Brasil só não vão crescer mais este ano, segundo ele, porque o consumo no mercado interno deve absorver uma grande parte da produção adicional prevista pelas usinas na temporada 2013/14, que começa em abril. Em janeiro, o governo anunciou que a partir de 1º de maio volta a vigorar a mistura de 25% de etanol anidro na gasolina que, juntamente com outros fatores, contribuirá para um crescimento de 15% a 20% na demanda por etanol no país, segundo estimativas de mercado.
Com escritórios em Londres, Cingapura, Genebra e Houston (EUA) - esses dois últimos herdados da trading Vertical, adquirida no ano passado - a Raízen Trading LLP lança mão dessa estrutura para alavancar sua originação de etanol fora do Brasil. Gadotti afirmou não poder revelar volumes, mas garantiu que no ano passado originou etanol em países asiáticos. A produção do biocombustível na Ásia está centralizada na Índia, na Tailândia, Filipinas e no Paquistão.
Mas é no mercado consumidor do continente que a Raízen está mesmo de olho. Mais especificamente, no uso industrial do etanol para química verde na China. "Apostamos que trata-se de um filão. Mas ainda não estimamos o tamanho exato dessa demanda", diz.
O executivo não acredita que novas oportunidades de etanol combustível vão se abrir nos próximos anos. Brasil e Estados Unidos devem seguir polarizando esse mercado. "Os mandatos na Europa e na Ásia para adoção do etanol 'andam de lado' há muitos anos. A crise retardou tudo"
Fonte: Valor
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