Revista norte-americana Fast Company elege melhores da América Latina.
Enalta começou com capital de R$ 5 mil e prevê salto para R$ 25 milhões.
A tecnologia desenvolvida para monitorar a colheita e o transporte de cana-de-açúcar, com o objetivo de evitar o desperdício e aumentar a performance da produção, fez com que a empresa Enalta, de São Carlos (SP), fosse escolhida como a companhia mais inovadora da América do Sul em 2013, segundo a revista norte-americana Fast Company. A publicação tecnológica leva em conta fatores como velocidade da evolução, aprimoramento constante e ambição da proposta, para eleger anualmente as 50 empresas mais inovadoras.
O ranking da publicação foi divulgado na última semana. A lista com as dez empresas mais inovadoras do continente inclui também a empresa de mercado eletrônico e leilões Mercado Libre, fundada na Argentina e que opera em 12 países latinos, incluindo o Brasil, a rede brasileira de produtos esportivos Netshoes, e a GraalBio, também envolvida com o mercado de etanol.
A Enalta Inovações Tecnológicas aparece em primeiro lugar no ranking e é definida pela publicação norte-americana como importante para reduzir os riscos que possam aparecer no setor. “Isso é um grande negócio neste país, onde a cana, usada para criar o etanol, é uma parte importante da economia local”, descreveu a revista.
Para o diretor e um dos fundadores da empresa, Cléber Manzoni, a importância dos softwares e hardwares desenvolvidos pela Enalta está no aumento da performance produtiva para o investidor do setor. “As usinas terceirizam a colheita e o transporte da cana-de-açúcar e os programas ajudam no acompanhamento da produção, sendo impossível burlar”, disse.
O orçamento previsto pelos diretores da empresa para 2013 é de R$ 16 milhões, com estimativa de atingir os R$ 25 milhões em 2014.
Como funciona
Os produtos da Enalta podem estar acoplados em tratores, colheitadeiras e caminhões, que registram e transmitem as informações por sistemas de ondas rádio e GPS. Com os programas, é possível saber a quantidade de cana-de-açúcar que foi colhida, por quem, em que fazenda e em qual período de tempo. “Eles automatizam os boletins preenchidos à mão de antigamente, sujeitos à falha”, comparou.
Além de colaborar nos problemas de gestão, a empresa desenvolve também sistemas para segurança de trabalho e melhor desempenho de transporte. Hardwares com GPS mapeiam as rotas em estradas e rodovias para avisar sobre pontos críticos e declínios acentuados, recomendando que o motorista reduza a velocidade. O sistema é importante para reduzir o número de acidentes, mas aumenta o consumo de combustível.
“Ao frear mais, os caminhões consomem mais diesel, mas os produtores não vêm problema nisso porque o número de acidentes cai bastante”, afirmou Manzoni. Segundo ele, uma transportadora de Sertãozinho (SP) chegou a reduzir os acidentes, que antes ocorriam a cada 60 mil km, para um acidente a cada 45 mil km.
Histórico
Criada em 1999, dentro de um incubadora do Parque Tecnológico de São Carlos (ParqTec), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Enalta começou com capital de R$ 5 mil e fechou o ano passado com faturamento de R$ 12,2 milhões, segundo a direção da empresa.
Para Manzoni, a garantia do orçamento em um setor instável como o de cana-de-açúcar só é possível com reserva de caixa e oferecimento de serviços para outros setores. “No período da entressafra, por exemplo, procuramos clientes do setor de papel e celulose para termos algumas gordurinhas”, afirmou. A empresa exporta também para a Colômbia e Peru.
Fonte: Portal G1
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