Antes do evento que lançou um programa do governo federal direcionado a assentados, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) distribuiu carta endereçada à presidente Dilma Rousseff com críticas a sua política de reforma agrária.
No texto, o grupo diz que "muito pouco tem sido feito para democratizar" a propriedade da terra no Brasil e que, apesar de os programas do governo para assentados representarem "conquistas importantes", são "muito burocráticos e não têm recursos suficientes para cumprir seus fins".
A carta, assinada pela Direção Nacional do MST, elenca ainda outras dez reivindicações, como um "programa emergencial para assentar as famílias acampadas". Dilma é a presidente que menos desapropriou imóveis para esse fim desde Fernando Collor (1990-1992).
No palco, durante a cerimônia, o representante que falou em nome do MST, Roberto Baggio, amenizou as críticas e elogiou a presidente, mas repassou algumas das reivindicações à Dilma.
"Nós gostaríamos que o Estado brasileiro conseguisse assentar todas as famílias que estão acampadas, nós gostaríamos que isso estivesse no horizonte do próximo período".
A presidente, contudo, foi aplaudida pelos assentados durante a cerimônia. Ao fim de seu discurso, parte deles cantou em coro "Dilma novamente", em referência à disputa de 2014, quando ela deve tentar se reeleger.
Fonte: Folha de S.Paulo
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