As empresas fabricantes de máquinas e implementos agrícolas ligadas à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) projetam aumentar em 10% seu faturamento em 2013. No ano passado, as vendas do setor totalizaram R$ 10,82 bilhões.
A previsão é do presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), Celso Casale, e não leva em conta os componentes e máquinas (tratores e colheitadeiras) comercializados pelas companhias representadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A Abimaq já havia projetado uma expansão de 10% em 2012, mas o crescimento realizado foi de 8,5%. Segundo Casale, o fraco desempenho das vendas no último trimestre - provavelmente influenciado por problemas de acesso a financiamento - comprometeu a meta inicial.
O ano passado foi marcado pela queda das exportações, combinada com aumento das importações. Para a CSMIA, esse comportamento expõe a perda de competitividade da indústria brasileira. Em parte, a situação é compensada pela demanda aquecida no mercado interno, reflexo dos bons resultados no campo. "Este ano será melhor que 2012. Há disponibilidade de crédito e a economia brasileira vai se comportar melhor", prevê Casale.
A importação de implementos agrícolas mais que triplicou entre 2007 e 2011, quando atingiu US$ 583, 3 milhões. Apesar disso, o valor total das compras externas ainda é pequeno em relação ao faturamento total do segmento (menos de 10%).
Neste ano, a expectativa é que as importações cresçam menos - entre 10% e 15% - com o dólar mais caro em relação ao real. Em 2012, as importações cresceram 22,9%, para US$ 716,9 milhões. Apesar de expressivo, o ritmo de crescimento das importações ficou abaixo do esperado. Em dezembro, a CSMIA projetava um aumento de 35%.
Em contrapartida, o desempenho das exportações também ficou abaixo do esperado. No ano passado, o valor dos embarques caiu 12,1%, para US$ 876,4 milhões, ante uma expectativa de queda de 3%. Para 2013, Casale projeta um cenário mais otimista - crescimento de 10%. Segundo ele, o câmbio desvalorizado deve estimular os embarques de produtos brasileiros
Fonte: Valor
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