Maior usina localizada 100% em território brasileiro, a hidrelétrica de Tucuruí (sudeste do Pará) realiza estudos para expandir sua capacidade pela terceira vez.
A construção de uma terceira casa de força permitirá acréscimo de 2.000 MW a 2.500 MW na potência instalada da usina, que atualmente é de 8.370 MW --suficiente para abastecer 16,7 milhões de pessoas, ou quase a região metropolitana de São Paulo, de 19 milhões de habitantes.
Após começar a gerar energia em 1984, a hidrelétrica já soma quase 30 anos de funcionamento. A expansão mais recente, de 2008, dobrou a sua capacidade.
Com a terceira fase, a capacidade total pode chegar perto de 11.000 MW, quase igualando a potência da hidrelétrica de Belo Monte (11.200 MW), em construção no oeste do Pará e que deve se tornar a maior brasileira e a terceira maior do mundo.
Itaipu tem uma parte brasileira e outra paraguaia.
A expansão é possível porque existe uma quantidade de água em seu reservatório que é dispensada sem gerar energia. Isso ocorre no período do chamado "inverno amazônico" (dezembro a maio), quando chove muito e o lago fica mais cheio.
A ideia do aumento da potência é justamente aproveitar essa água desperdiçada por meio de uma nova casa de força que gere energia nesse período.
A energia gerada pela usina de Tucuruí vai para o Sistema Interligado Nacional e pode abastecer qualquer região do país.
PROJETO
Estudos avaliam agora o melhor local para a instalação da nova casa de força.
A previsão da Eletronorte, empresa estatal responsável por Tucuruí, é concluir neste ano o projeto da expansão e começar a traçar um cronograma para colocá-lo em prática. Ainda não há prazo para início das obras.
O custo estimado para o empreendimento é de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.
A Eletronorte afirma que não haverá impacto ambiental porque será usada a estrutura já existente da usina.
REGIME MILITAR
Ao custo de US$ 7,5 bilhões, a hidrelétrica de Tucuruí foi uma das maiores obras do regime militar (1964-1985) na região da Amazônia. Sua capacidade corresponde a 10% das usinas hidrelétricas brasileiras. A obra teve início em 1975, e a geração de energia começou em 1984.
Fonte: Folha de S. Paulo
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