As importações de gasolina dispararam no ano passado, somando 3,78 bilhões de litros, um volume 70% superior ao de 2011.
Essas compras externas fizeram o país gastar US$ 2,91 bilhões com esse combustível. No ano imediatamente anterior, os gastos haviam sido de US$ 1,6 bilhão.
As importações do derivado de petróleo se intensificaram em outubro e novembro, devido ao aumento de consumo no período de férias no final e início de ano. Em média, as importações dos dois meses atingiram 610 milhões de litros cada um.
A importação média diária de gasolina subiu para 65 mil barris, ao valor médio de US$ 123 cada um. Ao preço atual da gasolina, o barril está sendo vendido a US$ 98 no mercado interno, uma diferença de US$ 25.
Esses US$ 25 representam uma defasagem de US$ 0,16 por litro. Ou seja, R$ 0,33.
Sendo que a gasolina está sendo negociada a R$ 2,65 na cidade de São Paulo, conforme pesquisa semanal da Folha nos postos de abastecimento, o preço deveria ser superior a R$ 2,9.
Como o álcool tem uma paridade de preço de 70% dos preços da gasolina, o etanol poderia estar sendo vendido a valor superior a R$ 2. Atualmente está em R$ 1,85, conforme a pesquisa da Folha.
A defasagem nos preços da gasolina dificulta a evolução na produção do etanol. Um álcool internamente menos competitivo força uma importação maior de gasolina.
O preço menos favorável internamente do álcool faz, também, com que o país coloque boa parte do derivado de cana no mercado externo.
No ano passado, as exportações de etanol somaram 3,1 bilhões de litros, 57% mais do que no ano anterior
Fonte: Folha de S. Paulo
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